Meu mundo está confuso.
Enquanto faço o que tenho que fazer
Os afazeres distraem metade de mim
a outra viaja pelas suas paredes
pelos seus sorrisos
visitando seus pensamentos
Estou perdida em mim, em você.
Mergulho ao contrário no que não devo
e tudo se banha em dúvida
Sinto o perfume das flores que nasceram no outono
negando a primavera
Olho seu jardim e me perco de mim
sou só sonho e não tenho controle
Perdida na inocência da estrada de concreto
quero seu abraço gostoso
e volto para o que necessita da minha atenção
Sou sua e do mundo,
Meus cabelos jogados no ar
minhas mãos inertes
Sou fria e quente
meu coração sedento pelo seu
Como é bom doar-se a não sei quem
Vejo tudo ao contrário,
e por isso,
como aquele que desconhece a gravidade, sobrevive à queda
sou livre das dores humanas
porque sou só eu, o desconhecido
e os olhos de Deus
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