O caminho, sob meus pés
é incerto
Traço o caminho conforme ando, trançando
entrelaçando meus pés com os de outrem
Aqueles que passaram, aqueles que passam
e aqueles que ainda passarão.
Não tenho asas, não posso contornar o caminho
não posso pular etapas.
Um a um, grãos de areia serão avançados
pétalas serão arrancadas, mares de lágrimas escorrerão
e meus olhos cansados continuarão mirando o horizonte.
Não sei a que ciclo pertenço
dos que nascem crescem de reproduzem e morrem
dos que escrevem, plantam árvores e se reproduzem
ou dos que assinam obras inesquecíveis ou dos que inventam
Sei que sou tão igual quanto sou diferente
e que enquanto o carbono é o mesmo, a essência é indelével
Sei, que o caminho sob meus pés
é incerto.
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