É um lado que escolhe em todas as situações realizar o seu desejo. Ela sabe das consequências e chega à pesá-las, por um milésimo de segundo, e dali já não pensa mais, escolhe. Não posso dizer que ela erra, porque toda ela é errante. O que ela realmente pesa é "O quanto eu desejo isso?". E o desejo sempre fala mais alto. Não sei dizer se este seria o meu "Ego Criança" (se nunca ouviu falar explico), o lado infantil, imediatista, inconsequente de mim. Porque de certa forma, ela é sádica, narcisista. Provavelmente passa horas se adorando em algum lago na floresta de minha alma.
Quanto ao outro lado, certamente chamariam-no "Ego Pai". É o lado responsa, que pesa as coisas, o que prende o meliante, julga, impõe a sentença e pune. É o lado carrasco de mim mesmo. Destruidor de amizades, teima em destruir minha própria felicidade. O lado que procura problemas nos momentos mais felizes para resolvê-los, e assim me preocupa o tempo todo. Crítico, cobrador. Esta voz é a que falei de início. Ela ordena que me comporte. Que fale ou que me cale. Me julga, julga aos outros e me julga por eles. É a lei que proíbe atentado ao pudor, impede fantasias e aventuras e qualquer vexame. Este lado é tão juiz que me pune por me punir tanto. Ele me lembra que sou imperfeita, humana, me ofende, me cansa. É ele quem confere meu ponto toda manhã e sentenceia cada pensamento. Infelizmente pela criação, ou pela sociedade, é o lado que está mais presente. Disto resulta no que é possível notar nas palavras: medo.
Medo de mim, do mundo, de tudo. Porque seremos julgados e condenados.
Seremos expulsos do paraíso de nós mesmos.
1 comentários:
Mais que um texto, quase uma lobotomia rs interessante a idéia das cores
Bjs
=*
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