Era uma vez um guarda-chuva....


O guarda chuva é algo mágico, que serve para muito mais que nos proteger da chuva(...)


Seja num desenho, na ficção ou num terreno fértil de criatividade, o guarda-chuva guarda além da chuva, os nossos segredos e mistérios tantos, que cabem perfeitamente embaixo dele.


Você conta seus segredos para qualquer um?


Você abriga qualquer um sob seu guarda-chuva?


Bem Vindos ao My Umbrella...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Replica ... Sonata Artica (Tony Kakko)

I'm home again, I won the war, and now I am behind
your door. I tried so hard to obey the law, see the
meaning of it all. Remember me? Before the war.
I'm the man who lived next door. Long ago...


As you can see, when you look at me, I'm pieces of
what I used to be. It's easier if you don't see me
standing on my own two feet. I'm taller when I sit
here still, you ask are all my dreams fulfilled.
They made me a heart of steal, the kind them bullets
cannot see


    Nothing's what it seems to be,
    I'm a replica, I'm a replica
    Empty shell inside of me
    I'm not myself, I'm a replica of me...


The light is green, my slate is clean, new life to fill
the hole in me. I had no name, last December, Christmas
Eve I can't remember. I was in a constant pain, I saw
your shadow in a rain. I painted all your pigeons red,
I wish I had stayed home instead.


    Nothing's what it seems to be,
    I'm a replica, I'm a replica
    Empty shell inside of me
    I'm not myself, I'm a replica of me...


Are you gonna leave me now, when it is all over
Are you gonna leave me, is my world now over...


Raising from the place I've been, and trying to keep
my home base clean. Now I'm here and won't go back believe.


I fall asleep and dream a dream, I'm floating in a
silent dream. No-one placing blame on me
But nothing's what it seems to be, yeah.


    Nothing's what it seems to be,
    I'm a replica, I'm a replica
    Empty shell inside of me
    I'm not myself, I'm a replica of me...


I'm home again, I won the war, and now I am behind
your door. I tried so hard to obey the law, see the
meaning of it all. Remember me? Before the war.
I'm the man who lived...

O que seria das balinhas verdes se todos gostassem das vermelhas?

Às vezes o que precisamos é ver que as diferenças tornam o mundo cheio de sabores diferentes.
Para que ter raiva de alguém só porque ele não é como você, ou como você queria que ele fosse?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tolerância...E um pouco sobre dignidade....

As pessoas andam insuportáveis ultimamente. No metrô, no trânsito, na vizinhança...Aparentemente a palavra da vez, que antes eu acreditava ser paciência, tornou-se tolerância.
Não sei como a  coisa chegou neste estado mas o desrespeito chegou neste ponto, só sei que idosos, mães e seus bebês de colo e grávidas deixaram se ter preferência. Eu, que sou um pouco baixa, quase sou engolida por aquele monte de gente. As pessoas não fazem cerimônia, elas empurram, acotovelam, batem. Muitas vezes saem na porrada, antes mesmo de chegar ao serviço. Tudo isso por alguns minutos a menos de atraso. Acho que prefiro os minutos a mais e a minha dignidade.

Aliás dignidade é algo que ando tentando preservar. Sendo sincera, estou aprendendo agora a conservá-la. Há um tempo atrás comecei a colher os frutos de uma "abaixada de cabeça" aqui e ali. E devo dizer que não me foram satisfatórios. A primeira delas foi um surto de perdão que me deu. Estive conversando com uma amiga que há tempos não conversava. Ela estava doce, bem de vida, fiquei feliz em ver que ela havia alcançado grandes objetivos. Sempre fico feliz com o sucesso dos meus amigos, e gosto que eles dividam comigo, afinal eu tento dar fora para que eles alcancem-no. Só fico com um pouco de inveja, quero ver os meus frutos também ^^. E conversando eu percebi que todas as nossas desavenças do passado, que inclusive a fizeram se mudar sem que eu me despedisse de verdade, pois estávamos afastadas, sumiram. Sim, sumiram. Não fiquei com pé atrás, nem medo de contar minhas coisas, por medo de chacota. Simplesmente confiei, como se fosse uma nova amiga, que eu estou conhecendo aos poucos. E nessa Vibe de perceber isso, passei a perdoar o resto das mágoas. Mentalmente fui passando alguns rostos pela cabeça e perdoando, vendo que realmente, já não nutria mais rancores. É um exercício de certo modo divertido de fazer. Mas as outras pessoas não estão tão empenhadas nisto quanto eu, bem sei. A primeira coisa engraçada depois dessa minha idéia foi uma dessas pessoas ter virado o rosto para mim na rua, no exato momento em que me ocorreu cumprimentar. Dei risada. Eu pensando em perdoar as bobagens do sujeito e ele me vira a cara na rua, com uma impressão certeira: medo. Medo de mim. Ri gostosamente. O que importa mesmo é que eu perdoei, e lidaria normalmente caso ele resolvesse dar um oi.
Depois veio a tentativa falha de tentar dar a atenção que uma pessoa me pediu. Pediu que eu esquecesse as mágoas, já que minha amizade era muito importante para ele. Bom, tentei, lá fui responder às mensagens do sujeito. No começo estava tudo bem, mas depois comecei a confundir a cuca "porque é que eu estava com raiva mesmo?". Pode soar estranho , mas quando eu resolvo perdoar eu perdôo de vez, e tudo o que a pessoa fez, aparentemente me parece ter uma explicação razoável. Isso sem ela nem mesmo mostrar querer ser perdoada...Bom...E o mesmo se aplicava ao ambiente de trabalho. Chegaram, nos meus primeiros meses a me zoar devido ao tom infantil com que falava com os clientes. Eu sentia que nem era muito querida, na verdade eu nem sequer tinha assunto.
A coisa estava indo até que bem nesse negócio de perdoar. Mas as  pessoas abusam não?
Digamos que eu resolvi então, apertar o foda-se, mais uma vez. Eu prefiro cuidar da minha dignidade, do que aparentar ser digna para os outros.
Aquela pessoa que virou a cara...Deixa ela para lá. Ela não faz a menor falta mesmo. Uma hora, se for para ser, acabaremos cruzando o caminho. O sujeito que queria meu perdão começou a me tratar da mesma forma imbecil como antes. Bom, atitude que tomei foi voltar à posição anterior: quer perdão? Peça, explique-se; caso contrário, sinto muito, ofereço minha amizade à quem É meu amigo, não a quem DIZ ser. Vai ficar sem, e claro, esse aí vai precisar de mim, uma hora ou outra. Não que eu guarde rancor, mas é melhor fazer questão de me lembrar o que a pessoinha fez, para não ser feita de trouxa novamente. E eu tinha percebido que, quando fui fria e distante, realmente ignorando-o, ele me trata bem, veio correndo feito um cachorrinho. Hum, é, funciona. Também me lembro de quanto corri atrás, do quanto me humilhei, fui boba. Mas nem o amor justifica isso, afinal eu fui sim maltratada e tudo o mais, e não vou fingir que foi tudo bem justificado ou que estou de boa, eu não estou de boa com a pessoa, mas sim, comigo.
Quanto ao trabalho...Quando estou sem paciência, corto logo o cliente ao telefone. Às vezes nem é cliente, é um engano. Colher de chá? Super educação, docilidade? Nunca mais. Polida sim, gentil não. E se for grosso comigo, vai levar na mesma medida. Sabe aquela conversa de "Nem a minha mãe fala assim comigo..."? Pois é. E foi exatamente assim: Ele, a meu ver é apenas um cliente, dentre tantos que eu atendo, o dinheiro dele, a posição social dele ou o que ele representa na empresa, sinceramente não me dizem nada. Dinheiro não quer dizer que possa falar comigo deste modo, afinal é só um emprego, eu posso arranjar outros. Se ele voltar a falar assim comigo, eu vou ignorá-lo ou sair da sala, caso contrário vou falar com ele, do mesmo modo como ele falar comigo. E vou ser obrigada a faltar com o respeito, pelo visto.
No fim não precisei falar com tal cliente, a própria diretoria falou com ele, talvez por medo de que eu fosse grossa. Também estava enfrentando situações difíceis de folga dos outros. Trabalho por 10 horas e não é fácil fazer o que faço. Tudo bem, eu faço bem feito apesar de tudo, mas fazer o serviço alheio, sinto muito, não é comigo. É difícil dizer não. Mas já está em prática. Fiquei com medo claro, de ficarem mais de cara virada, de ter algum problema. Mas volto a dizer que não preciso deles para nada mesmo. Fui lá reclamei. Achei que nem ia surtir efeito. Surtiu. Depois duma comida de rabo gostosa, quase tudo o que estava ruim desapareceu. Serviu de muitas coisas, além de não me sobrecarregar mais ainda: passei a admirar minha própria supervisora, a vi  sendo dura com quem realmente merecia e estava abusando. Ela mesma parece que estar mais satisfeita com meu trabalho. Ótimo. Não fui alvo de maltrato. Pelo contrário, o respeito cresceu consideravelmente e hoje  me tratam muito bem. Isso não significa que eu confie nestas colegas, mas é necessário um bom ambiente de trabalho. Os clientes, o mesmo, muitos homens ao falar comigo de modo estúpido, amansam a voz depois dum tom mais sério. Ótimo.
Também tem umas pessoas que ultimamente parecem estar querendo testar minha paciência. Eu nem sequer entendo tal comportamento. Eu sou compreensiva, entendo que às vezes as pessoas precisam do seu próprio espaço, seguir seu próprio caminho. Não só entendo como estou buscando o meu. A cada dia estou melhor, me concentrando mais em mim e no meu eixo, e isso é muito bom, parece realmente que este novo ano em minha vida terá um ótima guinada. Vou crescer, mas dessa vez de forma mais calma, natural, sem ninguém me apressando, nem mesmo eu. Eu me respeito, cuido de mim, e isso é bom, já que ninguém cuida. Talvez o melhor caminho seja guardar algumas mágoas apenas para mim, afim de superá-las no meu silêncio e com isso crescer, afinal deve ser este o caminho. Porque eu percebi que conforme ia me abrindo com meus amigos ia me decepcionando com alguns, machucando outros e por aí vai. Nunca me apoiei em ninguém, mas posso ter dado essa impressão. Então eu decidi por mim mesma, e claro, isso é bom, pois quem vai amargar o fracasso e saborear a vitória sou apenas eu. Eu ainda procuro alguém como eu: amiga fiel de verdade, que escute, ajude, chore junto e dê força. Mas isso é talvez esperar demais, já que não existe outra EU no mundo. Se eu sentar na janela e esperar até o fim da vida, nunca verei uma Gisela passar. E isso significa que não adianta eu buscar pessoas que sejam o mais parecidas comigo possível...Mas que gostem de mim, de verdade, e que queiram o meu bem, no mesmo tanto que eu as quero. E que conversemos sobre diversas coisas, pronto, é o bastante. As coisas não são mais como antigamente: se procurava vencer e tentar superar diferenças e dificuldades e crescer junto, viver junto das outras pessoas. Hoje as pessoas se mudam, trocam de namorado ou de amigo, e continuam mudando até o final. Não existe mais o exercício da paciência ou da tolerância. Não que não devamos nos livrar do que nos faz mal. Mas devemos aceitar as diferenças, até porque o diferente sempre traz diferentes experiências e sabores. Quando compro um pacote de bala de goma, sempre acabo dando as verdes, amarelas e laranjas, porque eu gosto mesmo é das vermelhas. E pergunto com um certo preconceito: Ah, como vc consegue gostar das verdes???Elas são azedas!!
Mas há momentos em que só pela curiosidade, ou por uma vontade que não sei qual é, eu como uma verde, ou amarela. E apesar de não ser tão prazeroso, ou ser desagradável (verde, eargh!), é um momento gostoso, diferente. É preciso ter tolerância às diferenças. Cada um tem seu tempo, seu modo. Por mais que eu não concorde com algumas coisas, eu tento respeitar isso, e do meu modo, colaborar. Mas vejo que as pessoas nem sempre QUEREM enxergar como as estou ajudando. Algumas vezes, elas querem se chatear ao que parece, e o pior de tudo é que uma coisa inocente pode ser um motivo para o outro se ofender. E claro, te ofender em seguida. O fato é, estou tentando, não me incomodar com as coisas, me preocupando comigo, ao invés de correr atrás dos outros. De alguns, quando corro atrás, principalmente se mostro quanto me são importantes, só levo patada, frieza, e às vezes ofensa, de graça, sem motivo. Como eu já disse: se você quer ver assim, VAI ver assim, já não me cabe inventar métodos de limpar meu nome.

Para algumas coisas eu já nem dou minha atenção. Não tanto quanto dava anteriormente. E o resto...Bom, tenho tanto a fazer...Se surgir oportunidade, ok, mas me matar, nunca mais.

Uma vez eu li num livro que a mais atraente de todas as qualidades é a dignidade. Acho verdadeiro, eu sempre fui mais bonita e atraente quando de fato me sentia assim, e segura de mim. Não vou permitir que ninguém me trate duma forma que eu duvide de mim mesma. A partir de agora o que importa mesmo, na minha vida, sou eu.


E quer saber, estou mais feliz assim, vamos deixar o mundo correr atrás de mim, para variar um pouco.