Não era o mesmo diferente que eu acordo todos os dias
Era um diferente diferente
Hoje eu levantei tomei café,
Calcei os tênis e fui embora,
correr mundo
Não lembro se peguei mochila
Dei a mão pro vento
Fui conhecer um lugar que já tivesse pisado, mas não conhecido
Hoje eu sorri pros que passavam
E as ruas foram feitas para que eu caminhasse
Cada coisa era nova, cheiro, cor...Não sei onde estou, nem para onde vou,
meu Deus
Sou só nesse mar de gente
Um andarilho, um número nos registros
Mas meu número é ímpar, disso eu sei
E quando eu cansar de caminhar,
quando os rostos de todos os continentes se tornarem familiares
e eu contar o número de estrelas do céu
Vou descansar num pedaço de chão de terra,
perto duma àrvore
Sentindo a brisa e ouvindo o cantar do vento
Que diz no meu ouvido devagarinho:
Oi cirandeeeiro, oi cirandeiro ó
A pedra do seu anel brilha mais do que o Sol
Oi cirandeeeiro, oi cirandeiro ó
A pedra do seu anel brilha mais do que o Sol