Era uma vez um guarda-chuva....


O guarda chuva é algo mágico, que serve para muito mais que nos proteger da chuva(...)


Seja num desenho, na ficção ou num terreno fértil de criatividade, o guarda-chuva guarda além da chuva, os nossos segredos e mistérios tantos, que cabem perfeitamente embaixo dele.


Você conta seus segredos para qualquer um?


Você abriga qualquer um sob seu guarda-chuva?


Bem Vindos ao My Umbrella...

sábado, 26 de março de 2011

Maya em Curvas e Ossos


Não eu não enlouqueci. Já vou explicaras fotos dessa loura num post do meu blog -.-"...
Quando criei a Maya, não tinha nenhuma inspiração na cabeça. Precisava criar a personagem principal, e heroína da história. E a personalidade combinava bem com cabelos louros compridos ondulados, porque cabelos ondulados são mais próprios de personagens românticas. E sensuais. Dificilmente uma personagem muito sensual usa cabelos lisos. E olhos verdes porque meus personagens sempre tem olhos não convencionais =X. Eu não tinha nenhuma atriz em mente, como costumeiro de desenhistas em criações... Eu via seu cabelo se movimentando, seus olhos, a boca. Mas era muito irreal. E eu encontrei um atriz, estes dias, que me lembra muito a Maya, pelo jeito carismático. A Serena de Gossip Girl O.o...
SIM eu estou assitindo Gossip Girl. A Dany disse que tava baixando e curtindo; pra ter mais um assunto para conversarmos, e curiosidade (afinal a Dany é um poço de conhecimento... Como assim, assistindo Gossip Girl??) resolvi ceder. Ah eu to na primeira temporada, mas eu achei legal sim. Não acho foooda. Mas eu gostei até da trama. É puramente chiclete para o cérebro, mas eu to curtindo. Engraçado, eu conhecia uma garota que assistia à série, a agora q eu assisto, percebo que ela se comportava igualzinho às atrizes. Adolescentes...
Apesar da Serena parecer ter princípios (ou estar tentando recuperá-los, na série), ela é impetuosa, tem um carisma anormal e uma docilidade típica de colegial. A atriz deve ser mais velha, mas a Serena está no último ano de colegial, e deve ter uns 17 anos. Como a Maya. Consegue o que quer, criativa... E o cabelo que eu desenhava era igualzinho ao dela O.o!
Não costumo gostar das atrizes louras, parecem todas iguais, americanizadas; mas a Serena é viva, articulada. Tem um jeito aventureiro. Chama atenção. E tem uma pinta no rosto. Lembro que eu queria colocar uma pinta na Maya, mas achei que ia ficar com cara de prostituta... XD. No fim acho que não coloquei nada... Minha primeira referência de desenho ^^ Provavelmente a Maya é leonina com ascendente em sagitário ou gêmeos. Ou vie-versa. Também pesquisei tipos sanguíneos (louca *-*), e o que mais combina com ela é o tipo B. Apesar do tipo B ser o meu, combino mais com o tipo AB >.<.... Bom, preciso pesquisar mais sobre isso, mas é interesante saber a personalidade pelo sangue. E são mais fáceis de decorar =D

Atualizando

É, eu fico um tempão sem aparecer, e depois venho com estes posts enormes. A gente sempre se renova. Grandes ou pequenas mudanças mudam muita coisa mesmo que nós não percebamos. Assim como quando abro a janela e finalmente vejo que é um dia de sol, depois de muitos dias nublados, ou quando recebo uma mensagem de uma amiga que não vejo há algum tempo, dizendo que tá com saudades (^^). Não sei se tenho mesmo depressão, ou se minha mente é mais complexa que a dos outros seres humanos, mas se, como a Ana comentou aqui: "viver é um calvário, não é para todos"; viver e questionar-se sobre isso é ainda mais cansativo. Sempre tive picos de tristeza, por tpm, por me sentir injustiçada, enfim, mas ultimamente venho percebendo uma tendência ao isolamento. O texto da Sophie mostra bem isso: a internalização, diante de um sofrimento. Não fazer nada enquanto "assiste a alma suicidar-se". Como o Thiago disse, tem vezes em que eu me faço de coitada, eu me deixo ser a vítima. Mesmo que isso seja sem querer, ou seja um modo desesperado de pedir carinho, ainda sim é um modo silencioso. Perigoso.
Felizmente consegui resolver grandes nós que me atrapalhavam, como a briga com um grande amigo, que se mostrou estar bem comigo, mesmo estando distantes; e um estágio (por mais cru que seja) me apareceu e me tranquilizou bastante. Não precisava me cobrar tanto sobre isso, mas eu queria trabalhar o mais rápido possível, ocupar a cabeça... Talvez eu seja workaholic... Bom, eu to vendo na prática o que estudo na facul e cheguei a conclusão que preciso estudar muito mais!! XD... Mas é um bom começo.
Meu coração está tranquilo graças aos meus amigos, às boas dicas da Déia (valeu sua linda), e o apoio e até as brigas homéricas com a minha mãe.
Por mais ridículo que seja, quando estou trabalhando e estudando eu me sinto melhor, principalmente estudando, provavelmente porque eu me sinto útil, ao invés de ficar me cobrando de coisas que ainda não posso fazer. Sinto fala de muita coisa, mas estou aproveitando a onda do bem estar de agora pra enfiar a cara nos livros e fazer bem as provas. Afinal, pela primeira vez na vida, eu faltei uma semana inteira na faculdade por causa de tristeza e eu ODEIO, quando ela me impede de fazer algo. Não é o tipo de coisa que eu me vejo fazendo e depois fico me remoendo, pelo tempo perdido. Além das matérias difíceis que estou tentando recuperar.
Também tem o Kung Fu, que me faz suar e gastar um pouco dessa neura toda, o meu professor também está se tornando um conselheiro pouco a pouco, e isso me anima. Há tempos eu procuro alguém que eu possa admirar, no mínimo, para me guiar um pouco na vida. Porque "eu fui matando os meu heróis aos poucos" conforme ia enxergando as coisas por ângulos diferentes. Não que eu não admire mais aquelas pessoas, mas ficou difícil usá-las como parâmetro, por diversos motivos humanos.
Enfim eu estou voltando pouco a pouco, e isso começou com um gostoso ensaio da Blues Drive Monster, no qual eu tive inspiraçõe spara desenhar, escrever, e até vontade de cantar.
Por falar em cantar, é incrível como sempre que eu planejo ir num show importante, minha garganta fica ruim. Aconteceu com o Bon Jovi, que eu fui literalmente morrendo pro show. E amanhã tem Blues Drive e a minha voz parece a de um frango sendo degolado. Mas eu canto junto, do mesmo jeito.

Até o próximo post =)

Voltando para casa...

Sophie atravessará um corredor escuro. Assim que ela fecha o portão, olha para trás, vê o caminho a seguir e as plantas grandes, monstruosas. Há sobras no chão que não parecem ser dessas plantas.
Ao atravessá-lo, as sombras se movem sobre ela, avançando lentamente, assim como seus pequenos passos. Alcançando sua face, como se a abocanhassem. E nesse momento seu coração dispara, mas ela continua andando, devagar. Afinal são apenas sombras. Chega na grade de ferro desenhado, e vê na parede ao fundo sua silhueta pequena, exatamente frente à luaz da lua. E as muitas folhas, avançando sobre sua cabeça. Contornos movem-se e ela procura a chave dentro de suas coisas. A música que sai de seus lábios, para espantar o medo é um sussurro que parece premonitório.

 - Evil thoughts, evil powers seek my mind
I feel lost every time...
- Evil force, evil ways close behind

O vento sopra, alguma coisa avança no farfalhar das folhas. Ela se vira, os olhos muito abertos:

- I, I need love, I need love, I need love...


 

Dark Side

Anteriormente, num post que eu esmiuçava o meu lado cobrança e o meu lado faça sem pensar, falei do "lado M." que refere-se à uma personagem criada há uns... Puts, uns 4 anos atrás, de uma história totalmente sem compromissos ou ambições, exatamente do mesmo jeito da personagem principal. A Maya. Mas sobre ela eu falo depois. Vim falar da Sophie. My Dark Side Of The Moon. É basicamente isso. Não posso dizer que ela seja uma personagem, pois toda ela é uma essência, negra, esfumaçada em torno da minha mente. É o lado sombrio, melancólico. "Seus olhos eram o azul e o negro" ela é uma figura gótica, de olhos azuis, claro... "Filha da chuva"... Bom, se o lado M. me remete a um dia de céu azul e muito sol, a chuva que me deixa tão nostálgica teria uma voz por onde se expressar. Pensei em dizer que ela era My Devil Side... Mas ela não é tão sensual assim, este lado combina mais com alguém de cabelos ruivos. Alguém que ainda não ganhou nome. Sophie é um nome introspectivo, que remete à Sofia, do conhecido Mundo de Sofia, e outras personagens com este nome que também envolvem certo mistério. É um nome como Pandora, ou Ágatha, Sabrina... Nomes que me lembram feitiços, qualquer coisa oculta entrelaçada. Talvez eu possa compará-la com o apelido que uso desde o colegial, Dark Angel, porque ela é bem desta essência: o sorriso do anjo que guarda algum segredo.
A aparência cálida e inofensiva que não é verdadeiramente inofensiva.
Suas "tags" seriam neve, gelo, frio, escuro, mistério, pensamentos perdidos e por aí vai. O engraçado é como tudo se conecta... As músicas e a repetição da palavra pensamentos, "maus pensamentos"...
Adoro escrever de forma doentia. Me deixo escrever qualquer coisa, me envolvo numa aura sem preconceitos, ou limites. É como se eu estivesse num daqueles sonhos, em que o quarto não tem paredes, e por isso, não tem delimitações. Tudo perde o foco e o sentido comum de ser. Me deixo tomar as palavras que eu quiser, as emoções que quiser. Costumeiramente fico assim quando gosto muito de uma música. Deixo que ela me leve a algum lugar. Isso me inspira.... Talvez a música seja a minha droga.
Mais de uma música inspirou o post da Sophie, e eu vou colocá-las aos pouquinhos... ^^


I'm So Sick - Flyleaf

I will break into your thoughts
With what's written on my heart
I will break, break


I'm so sick, infected with
Where I live
Let me live without this
Empty bliss, selfishness
I'm so sick
I'm so sick


If you want more of this
We can push out, sell out, die out
So you'll shut up
And stay sleeping
With my screaming in your itching ears


I'm so sick, infected with
Where I live
Let me live without this
Empty bliss, selfishness
I'm so sick
I'm so sick


Hear it, I'm screaming it
You're heeding to it now
Hear it, I'm screaming it
You tremble at this sound


You sink into my clothes
This invasion makes me feel
Worthless, hopeless, sick


I'm so sick, infected with
Where I live
Let me live without this
Empty bliss, selfishness
I'm so, I'm so sick
Apesar dela parecer uma boneca magrela com voz de Avril Lavigne, e mesmo assim ser uma famosa banda de metal (?), eu gostei bastante dessa música, pelo som mesmo. E olha que eu não curto gutural feminino, sem suave. Nem masculino aliás. Mas de vez em quando eu curto a combinação de gutural + voz feminina.


São Paulo - Blues Drive Monster

Meia noite já passou
E eu ainda estou aqui
Minha mente voa pra bem longe, por aí

Ninguém pode mais me ouvir
Ninguém pode mais me ver
E eu junto só quem pode me fazer bem

"Eu tenho que trabalhar"
"Eu tenho que estudar"
Já passou da hora de nós vivermos mais

Meu amor, muito prazer
Essa noite é pra você
E espero que você só me ame mais

Eu era bem pequeno quando sentia dor
Não era tão distante pra falar de "amor"
O que aconteceu? parece que tudo mudou...

Seu filho quer te ver
Só queria estar com você
Saia de casa!
Me ajude, por favor

Meu relógio já parou
Meu amigo se suicidou
E é por conta da casa!

Hoje chove e estou mal
Ter febre é até legal
Ninguém sabe a dor real da depressão

Meu amor, muito prazer
Essa noite é pra você
E espero que você só me ame mais

Eu era bem pequeno quando sentia dor
Não era tão distante pra falar de "amor"
O que aconteceu? parece que tudo mudou...

Por amor me feri muito
Por pavor eu perdi muito
Só cabia a mim achar o sol e continuar

Eu ainda tenho tempo
A cidade está vivendo
E eu tenho de continuar até me encontrar

Muito tempo
Se passou e desde então
O meu sonho não mudou
E eu quero te ver

Para proteger alguém
Tive que romper a minha paz
Para demonstrar meu valor
Enterrei meus anos
E abracei minha dor

Seu filho quer te ver
Só queria estar com você
Saia de casa!
Me ajude, por favor

Meu relógio já parou
Meu amigo se suicidou
E é por conta da casa!

Por amor me feri muito
Por pavor eu perdi muito
Só cabia a mim achar o sol e continuar

Eu ainda tenho tempo
A cidade está vivendo
E eu tenho de continuar até me encontrar

Continuando...

Tem um monte de músicas pra postar... E claro elas tem a ver com o momento em que eu escrevi  o texto da Sophie. Mas esta em especial, ficou na minha cabeça durante muito tempo. Durante os sentimentos daqueles dias anteriores ao carnaval, nos quais eu queria ver o mar, tipo, muito muito. Fiquei meio mal por uns motivos. Depois fui à praia, como povo doido do Ajiklan e agregados... E a música continuava lá. Não sei se é porque eu a ouvi no "especial ao vivo na sorveteria", versão da qual eu participei *-* ou pq quando vejo o pessoal me vem na cabeça a voz deles cantando. É muito da hora olhar a cara do Matsuko e a entrada de "Link" começar a tocar nos meus ouvidos, como trilha de filme. A minha vida sempre foi musical, e o contato direto com quem produz música faz a coisa toda parecer mais forte. Também houve momentos em que um refrão ou outro de "São Paulo" vinha na minha cabeça, e é perfeito. Eu não conseguia dormir com as frases mais melancólicas. Parecia um grito interno "saia de casa, me ajude por favor..." Perfeito. Talvez mais perfeito que a "Ponto de Origem", que mexe comigo da mesma forma que um clássico como Livin' On  A Prayer, ou I Don't Wanna Miss A Thing... Que eu preciso postar/ explicar também.... Mas então.... São Paulo tem um ritmo nostálgico, e uma letra que gruda, provavelmente porque ela diz o que eu gostaria de dizer. Mas a maioria das letras da Blues Drive Monster dizem o que eu gostaria, assim como a Foxy Shazam... A voz do Mat também é única e isso torna a letra mais interna, e mais distante ao mesmo tempo. Bom, vou deixar os leitores com a letra que eu tanto gosto, e futuramente, espero colocar a música aqui. Aliás, espero receber um CD autografado, se possível HUAHUAAHU. Também quero dizer que fico feliz em ver um ensaio ou outro. Eles me surpreendem, sempre me deixaram feliz, animada. Eu fico deitada nos puffs com cara de merda porque na verdade to viajando do lado de dentro. O.o Na verdade fico inspirada nestes ensaios.
A Ana também me surpreendeu muito quando fui de penetra num ensaio dela. Adorei a escolha dos covers, e o tom de voz dela é bem gostoso.
É um processo bem louco e ninguém iria entender, a não ser que gostasse deles tanto quanto eu.

Por amor me feri muito
Por pavor eu perdi muito
Só cabia a mim achar o sol e continuar

Eu ainda tenho tempo
A cidade está vivendo
E eu tenho de continuar até me encontrar

Post de carnaval, ou post esperando ser escrito, ou Seu Nome é Sophie

Seu nome é Sophie

Sophie como o Sol não previra

Sophie é filha da chuva

Seu cheiro é como a água das piscinas, cheiro de cloro, de limpo. De azul limpo.
Seus olhos eram o azul e o negro. O medo e a água.

Ela estava cansada. O cansaço fechava e abria seus olhos. Languidamente. Cansada de estar sozinha. Quem eram eles?
O eco de uma gota na água.
Mar de gente. Sozinha.
Onde estão vocês?
F.r.I.e.N.d.S
O ecoar de uma gota na água.
Podia sentir o vazio do peito. Não tinha coração.
Quando olhava para dentro, via o escuro do nada.
Via a fumaça da própria respiração. Procurava por si. Onde estava a alma?
Olhou para fora novamente. Agora sabiam quem eram. Reconhecia os rostos embaçados. Passavam por ela como se não escutassem, não vissem.
Era um grito desesperado. Mas mudo.
Quando tentava- puxava da memória- quando tentava ajudar. Quando se importava. Quando se esforçava para fazer parte... E sua face sorriu por um segundo... Alegrava. Seu grito desesperado ecoava pelas paredes do lado de dentro. Para que alguém lhe desse o espelho.
Ninguém retribuía, ninguém ouvia.
Sophie cansara dos que lhe iludiam. Cansara de ser iludida. Será que eu, -eu- me iludi?
Sophie cansou das migalhas. Afinal aquilo que deram eram migalhas. Que abocanhara com fome.
Mas a fome não passa. Mas contentava-se com pouco.
Sophie cansa a cada dia. Da multidão que vai e vem. Do silêncio do coração dos outros. Do chamado que não tem resposta. Do mundo, de si, da esperança imunda que ilude.
Aperta os olhos e uma lágrima quente escorre. Teus dedos apertam o peito dolorido.
O coração machucado e quente, que outrora aqueceu a muitos e foi esfriando já não está lá.
Não pode contar a ninguém. Porque sabe as mesmas frases que ouvirá. A repetição torna as palavras sem sentido. Hipnose. Gnose.
Não pode contar a ela, pois sabe o que vai ouvir, porque no fundo, a culpa também, por causa dela, estava ali, onde já não queria mais estar. Não poderia contar, seria traição.
Deus achava isso. Mas Deus sabia que ela daria tudo pela fantasia, pelo sonho. E que a realidade, e a vida, não lhe interessavam.
Abriu os olhos e viu ao seu lado, a alma que saíra de si. Assistiu em silêncio, a alma caminhar alguns passos e suicidar-se.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sola, muy sola

Sozinha, completamente sozinha.

Eis como me sinto.
Já não sei mais o que dizer, o que fazer.

Sou ingrata?
Sou cega? Não sei.
Não sei pelo que agradecer toda manhã e as minhas preces estão ficando confusas.


Que pedir mais, que fazer mais.

Uns me dizem para não desistir, outros que isso é fase.
O que eu faço? O que eu digo? Pra quem?

A raiva me faz estragar coisas, o ódio me faz querer trucidar as pessoas.
Quero gritar mas não posso, quero chorar
mas ninguém se importa.
É fácil mentir e ninguém enxerga que não estou bem. Ninguém quer saber.

Uma casa pequena torna-se uma imensidão de angústias
e a solidão me sufoca a garganta.
Não consigo respirar e estou cansada da luta diária.

É preciso acordar cedo, para viver o dia, e não tenho forças pra dormir.
Não quero dormir. Mas preciso.
Não consigo dormir, mas preciso.

Preciso de carinho, amor, meu coração é um poço seco.
Sinto falta das coisas que ainda não vivi. Sinto falta de tudo que não tenho.

Só ouço uma voz dizendo que preciso ter esperanças mas não sei em quê. Já tentei mudar, já tentei mudar o mundo ao meu redor. Mas é tudo igual.

Meu estômago está se retorcendo há algum tempo e as lágrimas finalmente caíram.
Como posso ajudar os outros se não consigo viver?
Porque insisto em fazer isso tudo?
Porque desisti de mim, mas ainda vejo a salvação do outro?
Porque ainda estou aqui?