Era uma vez um guarda-chuva....


O guarda chuva é algo mágico, que serve para muito mais que nos proteger da chuva(...)


Seja num desenho, na ficção ou num terreno fértil de criatividade, o guarda-chuva guarda além da chuva, os nossos segredos e mistérios tantos, que cabem perfeitamente embaixo dele.


Você conta seus segredos para qualquer um?


Você abriga qualquer um sob seu guarda-chuva?


Bem Vindos ao My Umbrella...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Negligenciando-se

É bem assim que estou
é tudo que restou 
eu tive que escolher entre eu te perder 
que pena tudo acabou

Eu cresci agora sou mulher 
tenho que encarar com muita fé 
Seria o bastante 

Eu vou seguir o meu caminho e te esquecer 
pensar um pouco em mim 
tentar viver 

Seria o bastante




Aquela manhã acordou fria, havia música no ar. Havia o grande castelo de pedra, com torres onde poder-se-ia ver os campos longíquos dos pólos. Havia dentro do castelo a menina. A menina que dorme e sonha. Que brinca, que ri. A princesa presa no castelo. Haviam flores e cheiros e cores e sabores. E os sonhos. E haviam os campos. E tudo aquilo que se podia desejar. Mas não havia mais ninguém. A pedra era fria, os lagos eram frios. A solidão é fria. Havia o medo de se aventurar pelo lado de fora. Que segredos guarda a floresta? E os animais? O desconhecido? E tudo o que há de perigoso lá fora? E o crescimento. A mulher que espera a menina ao lado de fora.

Há os gigantes lá fora. Há anões. Há humanos e fadas e os seres mágicos indescritíveis. Há o mistério da morte, e o gozo da vida.

Há aqueles que são grandes. Muito grandes e fortes. E há os pequenos, que as vezes sonham pequeno e realizam pequenas coisas. Qual deles ser? Por qual procurar?

Sabe, quando se é grande, se impressiona os outros. Se atrai os outros, se conquista. Grandes coisas, grandes mundos. Mas quando se cai, o baque é maior. Então há o susto. O susto dos outros, daquela pessoa não ser bem o que se imaginava. Talvez não fosse deveras. Mas talvez fosse, como a menina. Intensa, forte cheia de vida. Grande, como um gigante, impressionante. Mas quando há o baque...O mundo se assusta, se afasta, sente-se enganado. Poucos ajudam, poucos aceitam. A frustração da menina é grande.

Quando se é pequeno, se realiza cada coisa, uma por vez. Às vezes o prêmio é assim, do tamanho da tua mão. Mas dar-se-a valor. E quando vier o baque, bom, não foi tão forte assim. Pois ainda haverão as pequenas armas para batalhar de novo, basta apoiar-se no chão e levantar-se. Talvez não impressione muito as outras pessoas, mas o valor para si mesmo, é grande. E o gosto de conquistar algo grandioso diante de olhos que lhe subestimaram será o melhor da Vitória. A jornada conquistada dia-a-dia torna-se sábia.

A mulher continua esperando. Esperando que a menina saia do castelo e venha pular nos campos do mistério. Esperando para ser alcançada e assim alcançar o sonho do gigante mesmo tendo pés de um humano.


O importante mesmo, é continuar sonhando. Sonhando e usando das pequenas mãos e dos pequenos pés conquistando pouco a pouco o caminho. Crescendo, e desejando, almejando. Não importa o seu tamanho porque na verdade, você é do tamanho dos seus sonhos.

Volte a sonhar grande, e perceba o quão tolo têm sido por deixar-se aceitar pequenos sonhos. Olhe para o que têm nas mãos e veja que precisa mudar algumas coisas. 
Será que isso é mesmo tudo o que você pode ser e ter?